segunda-feira, 29 de junho de 2009

Naftalina.

Encontrar com o passado é sempre surpreendente. Não o passado recente. Falo do remoto. Daquele de que não me lembro mais o cheiro, que não sei como vive, o que come, o que lê. E foi algo inacreditavelmente simples. Um tanto quanto decepcionante até. Para mim, que sempre me vejo como personagem de um filme de Almodovar, foi no mínimo surreal que a visão não tenha despertado aquela avalanche de emoções coloridas, intensas, confusas. O que senti não foi preto e branco, foi algo monocromático. Cinza. Sem sal. Nada percorreu minhas veias, nem tremeu minhas mãos. O coração manteve seu ritmo, bem como a respiração. Na cabeça só uma pergunta: foi por essa pessoa que chorei tanto?

3 comentários:

Unknown disse...

Impressionante como o mundo dá voltas e acabamos percebendo o quão indiferente algumas pessoas se tornam pra gente. Isto é sinal de amadurecimento ou de que não valeu a pena?
Beijinhos

Unknown disse...

Eu acho que é de "não valeu a pena"...

Fico feliz pela reação. Muito feliz. =)

Tita disse...

Opa, mas que beleza...que beleza!
;)
beijos, minha chocolatinha.