Depois dos dias de farra no Carnaval, a preguiça se instalou. A mala, cheia de fantasias, tules, purpurinas e perucas ficou jogada no chão do quarto por dois dias. Até que minha mãe recolheu tudo e guardou em algum lugar que eu desconheço. Se dependesse de mim, este recinto ainda estaria cheio de entulhos.
Dormi por horas, trabalhei me arrastando, e tive preguiça de andar pelos corredores do hospital. Ao menor sinal de paciente, imediatamente bocejava e mentalizava uma seringa cheia de coragem entrando sob pressão na minha veia. Pergunta se adiantou.
A preguiça também chegou no amor. Preguiça dos sonhos, dos planos. Ah, mas também teu caso é difícil - você pode pensar. Mas até pra concordar contigo me falta disposição. E disposição também me falta pra aceitar a situação adversa, pra juntar forças pra enfrentar os obstáculos e até pra cogitar uma desistência de tudo. Depois talvez melhore. Talvez não.
A viagem é amanhã e a mala continua no armário. Não fiz a listinha mental, não comprei as coisas de última hora, o dia está perto do fim e nem a pressão me faz me mexer.
Ai, que preguiça de vida.
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Um comentário:
Anime-se, moça!
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