quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Não espero que seja fácil. Até porque, nunca recebi nada de mãos beijadas. Sempre houve suor e esforço. Tantas e tantas vezes os muros se erguem ao meu redor e eu encarno um personagem épico forte e valente que escala, pula, faz qualquer negócio.

Agora está diferente. Vejo tudo beirando o irreal, pura ficção. Há um medo fenomenal, limitante e pesado. Estou sentada, pequena, entre muralhas. O ar é denso, os músculos doem e ouço o fracasso anunciado aos gritos no meu ouvido.

Não consigo progredir, mas também não fujo.

Um gole d'água, por favor.

Passo as tardes tentando
Lhe telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar

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